Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo é tema na tribuna em sessão ordinária
Câmara Municipal dedicou parte da última sessão ordinária realizada para um momento em prol Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado dia 2 de abril. Samila Freitas, mãe de uma criança autista, usou a tribuna para explicar aos vereadores o que é o Transtorno do Espectro Autista ( TEA ), e como é a vivência e desafios enfrentados por famílias que têm filhos autistas.
Segundo Samila o Autismo não é doença, mas sim uma condição que acompanha o indivíduo a vida toda, e demanda tratamento multidisciplinar. “ O diagnóstico não é fechado apenas por um profissional, mas por uma equipe. O tratamento também é feito com vários profissionais. Começa com o neuropediatra, mas a criança vai precisar de psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psicopedagogo, dentre outros. "
Samila ainda explicou que hoje a principal abordagem de tratamento é chamada ABA – ainda não disponível no SUS, e que por isso se torna cara para muitas famílias por serem necessárias muitas horas de tratamento.
Samila afirma que no Prata faltam profissionais para atender autistas, que hoje, segundo estudos são 1 a cada 36 nascidos. “ Temos carência de profissionais para atendimento das crianças. Uma demanda das famílias é neuropediatra – profissional competente para diagnosticar e fazer acompanhamento da criança. No Prata não temos. Terapeuta ocupacional temos somente uma profissional, só na APAE, então demanda é muito grande, e o Sistema de Saúde não dá conta de atender à todos. Fonoaudióloga também há escassez. Acreditamos que muitos casos não são diagnosticados antes, acabam sem diagnóstico, talvez por esse motivo: falta de profissionais. “
Samila também manifestou-se sobre o projeto de lei 011/2023, em tramitação na Câmara, que institui o uso do colar de girassol para identificar pessoas com deficiências ocultas no município. “ Fiquei feliz com o projeto de lei lido hoje, várias cidades já possuem o colar de girassol e é importante nossa cidade ter também pois o autismo não tem cara. Muitos veem o indivíduo com TEA e não percebe que é uma pessoa com deficiência, o autista vai usufruir de direitos como preferência de atendimento no SUS, em filas, e é questionado por isso. “
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